Balada do Amor Sem Fim

Tenho trabalhado meus sonhos, tenho tido noites difíceis, mas não esqueço de tirar alguns minutos para pensar em você, moça.
Como sabe nunca lhe abandonei nem nunca abandonarei. E não preciso nem dizer, porque eu sei que você sabe que sempre lhe amei e sempre lhe amarei. Para isso, ninguém melhor para me dar uma mão do que o poeta que já declamava:
“Amo-te tanto, meu amor (…) Amo-te como um bicho, simplesmente. De um amor sem mistério e sem virtude. Com um desejo maciço e permanente. E de te amar assim, muito e amiúde. É que um dia em teu corpo de repente. Hei de morrer de amar mais do que pude.”
E, ainda nesses fluídos, exaltava em outros versos:
“Essa mulher que se arremessa, fria… E lúbrica aos meus braços, e nos seios… Me arrebata e me beija e balbucia… Versos, votos de amor e nomes feios. Essa mulher, flor de melancolia… Que se ri dos meus pálidos receios A única entre todas a quem dei… Os carinhos que nunca a outra daria. Essa mulher que a cada amor proclama… A miséria e a grandeza de quem ama E guarda a marca dos meus dentes nela… Essa mulher é um mundo! – uma cadela… Talvez… – mas na moldura de uma cama… Nunca mulher nenhuma foi tão bela!
Estamos distantes, envio-lhe esta mensagem que lerá do outro lado do Atlântico. Já lhe mandei flores, cds, poemas… Bem, não sei se sou escritor, tampouco poeta. Não sei… porém, de uma coisa eu sei! E isso eu e afirmo com convicção – Te amo mais do que tudo de verdade! E não importa o que pensem, digam, mintam ou omitam… Porque repito e confirmo – Te amo, porra!
Será, então, que essa balada inabalável do nosso amor terá um fim? Talvez, não sei…

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